PROBLEMA ESTÉTICO
PROBLEMA ESTÉTICO
Introdução
Autor: Jose Adilson dos Santos
Instituição: Fanese
Tema: Filosofia
Data de inclusão: 29/07/2003
Instituição: Fanese
Tema: Filosofia
Data de inclusão: 29/07/2003
Identificando
os fenômenos da verdade, do bem e do belo como questões fundamentais do pensamento,
o estudo da filosofia, desde os seus primórdios na Grécia, concentrou-se em
três áreas que serão posteriormente chamadas de metafísica (ou teoria do conhecimento),
ética e estética, respectivamente. A estética é o pensamento filosófico que estuda
a arte e o belo. Derivada do Grego aísteses (percepção), a
palavra estética remete à compreensão proveniente da apreensão sensível, a
intuição da beleza.
E são esses
elementos recalcados que reaparecem na obra, que nessa perspectiva se coloca como
a denúncia do que foi negado, tanto individual como socialmente. Sendo assim, torna-se
interessante para a Psicologia estudar uma atividade que possibilita que os elementos
recalcados ganhem expressão
Por outro
lado, quando observamos o que Hegel diz sobre a arte, um filósofo preocupado com
a discussão no âmbito da Estética, a proximidade das duas disciplinas fica mais
evidente. No livro O Belo na Arte diz:
"É
que a alma humana, no seu conjunto, com tudo o que remove as suas profundezas e
constitui a sua força e poder, com todo o sentir e todas as paixões, todo o profundo
interesse que agita os íntimos – toda esta vida concreta forma a matéria vivente
da arte"(Hegel,1996, p.206)
1. DEFINIÇÃO DA ARTE
No posfácio
de seu livro A origem da obra de arte, o filósofo alemão Martin Heidegger
afirma que: "Desde o tempo em que despontou uma reflexão expressa sobre a
arte e os artistas, tal reflexão se chamou estética". Todavia, como área da
filosofia, a estética deve ser diferenciada do estudo da história da arte. Enquanto
este procura descrever as diversas manifestações artísticas, em seus elementos específicos
e gerais, a estética, como todo pensamento filosófico, busca pensar a condição
de possibilidade, a origem, de toda manifestação artística. Podemos remontar o
primeiro passo deste pensamento ao momento em que Sócrates pergunta ao
pintor Parrásio "O que é pintura?". A pergunta pelo o que é propõe operar
uma transposição da compreensão prática de quem faz, para o entendimento teórico
de quem pensa, buscando determinar não as particularidades singulares dos fenômenos,
mas a sua essência universal.
Por que a
garatuja (um desenho mal feito) de uma criança não e considerada artística, mas
passa a ser se leva a assinatura de Picasso?.
"Pintar
a cor sangrenta da vida, a cor gelada da morte; dizer a dor dos tons, todo o cromatismo
das tintas, interpretar, à maneira nova, fresca, original, palpitante, de forma
que os pincéis comuniquem com veemência uma alma à tela, que os coloridos vivam
e cantem na trinalagem vibrante de pássaros matutinos.
Exprimir as tonalidades quentes e possantes,
os rubores humanos, e purpurejamento dos sangues, com tintas acres e com tintas
delicadas, numa expressão forte de luxúria ou numa branda nuance de carne virginal
e saudável, onde a aurora das seivas puras resplende. Pintar toda a
pungência latente de uma cabeça triunfante da vida, perfumada de graça, idealizada
por algum sonho enevoado; dar-lhe a afeição da tua sensibilidade artística,
linhas vagas, fugitivas, linhas angélicas e pulcras, firme e fundo cavando-lhe
a negro ou a louro a onda torrencial dos cabelos, dando-lhe luz estrelar aos olhos,
sangrando-lhe álacre a massa tenra dos lábios, traçando-lhe a meia lua dos seios
lácteos gerando-a, enfim, com tintas dúcteis, de modo que a cabeça surja
maravilhosamente da tela, te fascine, te deslumbre e tu a ames, como se ela possuísse
o recôndito sentimento chamejante da Vida". Depois de destacar o que
faz a arte da pintura, sintetiza:
"e,
assim, boca, olhos, cabelos, nariz, seios e faces, pintar a claro, na limpidez
d'ouro da luz, banhando a tela de luz, inundando-a de luz, descrevendo as
curvas da primorosa cabeça com o pincel encharcado em sol, no clarão sideral de
uma luz ampla, larga, alastrante...,
1.1 ARTE
É CONHECIMENTO INTUITIVO DO MUNDO
A Arte é
um caso privilegiado de entendimento intuitivo do mundo, tanto para o artista
que cria obras concretas e singulares, quanto para o apreciador que se entrega
a elas para penetra-lhes o sentido. O verdadeiro artista intui a forma organizadora
dos objetos ou eventos sobre os quais focaliza sua atenção. Ele vê, ou ouve, o
que está por trás da aparência exterior do mundo.
Todo
artista percebe (pelo poder seletivo e interpretativo dos seus sentidos) formas
que não podem ser nomeadas ou reduzida sou reduzidas a um discurso verbal explicativo,
pois, elas precisam ser entendidas e não explicadas. A partir dessa intuição, o
artista não cria cópias da natureza, mas sim, símbolos dessa mesma natureza e da
vida.
Esses
símbolos, portanto, não são entidades abstratas, não são entes da razão. Ao contrario,
são obras de arte, objetos sensíveis, concretos, individuais, que representam analogicamente,
ou seja, por semelhança de forma, a experiência vital intuída pelo artista. A obra
de Arte também é um objeto concreto para o espectador. Portanto, quando apreciamos
uma obra de arte, fazemos através dos nossos sentidos: visão, audição, tato,
cinestesia e se a obra for ambiental, até pelo olfato. É a partir dessa percepção
sensível que podemos intuir a vivência que o artista expressou em sua obra, uma
visão nova, uma interpretação nova da natureza da vida.
O artista
atribui significados ao mundo por meio de sua obra. O espectador lê esses
significados nela depositados. Essa "interpretação só é possível em termos
de intuição e não de conceitos, em termos de forma sensível e não de signos
abstratos". Portanto, podemos dizer que na obra o importante não é o tema em
si, mas o tratamento que se dá ao tema, que o transforma em símbolo de valores
de uma determinada época.
A luz, a
cor, o volume, o peso, o esforço, enquanto dados sensíveis, não são experimentados
da mesma maneira na vida do dia a dia e na arte. No cotidiano, usamos esses dados
para construir, através do pensamento lógico, o nosso conceito de mundo físico.
Em Arte, esses mesmos dados são usados para alargar o horizonte de nossa experiência
sensível. Artista não copia o que é, antes cria o que poderia ser e , com isso,
abre as portas da imaginação.
1.2 O PAPEL
DA IMAGINAÇÃO DA ARTE
A imaginação
serve de mediadora entre o vivido e pensado, entre a presença bruta do objeto e
a representação, entre a acolhida dada pelo corpo ( os órgãos dos sentidos) e a
ordenação do espirito.
A imaginação,
ao tornar o mundo presente em imagens, nos faz pensar. Saltamos dessas imagens
para outras semelhantes, fazendo uma síntese criativa. O mundo imaginário, assim
criado não é irreal. É antes, pré- real, isto é, antecede o real porque aponta
suas possibilidades em vez de fixá-lo numa forma cristalizada. Assim, a imaginação
alarga o campo do real percebido, preenchendo-o de outros sentidos.
1.3 ARTE E
SENTIMENTO
Na experiência
estética, a imaginação manifesta, ainda, o acordo entre a natureza e o sujeito,
numa espécie de comunhão cuja via de acesso é o sentimento. O sentimento acolhe
o objeto, reunindo as potencialidades do eu numa imagem singular. É toda nossa
personalidade que está em jogo, e o sentimento despertado não é o sentimento de
uma obra, mas de um mundo que se descortina em toda sua profundidade, no momento
em que extraímos o objeto do seu contexto natural e o ligamos a um horizonte
interior.
Estabelecemos
as diferenças entre sentimento e emoção. O termo emoção, etimologicamente, refere-se
a agitação física ou psicológica e é reservado para os níveis mais profundos de
agitação. Ela rompe a estabilidade efetiva. Assim, emoção designa um estado psicológico
que envolve profunda agitação afeta. O sentido, por outro lado, é uma reação cognativa,
de reconhecimento de certas estruturas do mundo, cujos critérios não são explicitados.
É percepção das tenções dirigidas, comunicadas e expressas pelos aspectos estáticos
e dinâmicos da forma, tamanho, tonalidade ou altura. Essas tensões são tão perceptíveis
quanto o espaço ou a quantidade.
Podemos
dizer então, que o sentimento esclarece o que motiva a emoção, na medida em que
são essas tensões percebidas que causam a agitação psicológica. A emoção é uma
resposta, é uma maneira de lidarmos com o sentimento. O sentimento, na sua
função de conhecimento, alcança, para além da aparência do objeto, a expressão.
A expressão é o poder de emitir signos e d4e exteriorizar uma interioridade,
isto é, de manifestar o que o objeto é para si. Mas essa expressão, em Arte ocorre
sempre através de um meio especifico. O artista não escolhe o seu meio ( vídeo,
pintura, dança, etc.), como um meio material externo e indiferente. Para ele,
as palavras, as cores, as linhas, as formas e desenhos, os sons (timbre) dos
diversos instrumentos não são somente meios materiais de produção. São condições
do pensar artístico. O projeto do artista condiciona o meio e o material, que ,
por sua vez, condicionam as técnicas e o estilo. Tudo isso reunido forma a
linguagem da obra, sua marca inconfundível, seu significado sensível.
1.4 EDUCAÇÃO
EM ARTE
O século
XVIII viu ressurgir a teorização sobre as artes e o aparecimento da Estética como
disciplina filosófica. Ressurgimento porque os gregos, especialmente Platão e
Aristóteles, já haviam dado à arte um lugar de destaque em suas reflexões. A
discussão no âmbito da Estética abrange questões referentes à natureza do objeto
artístico e suas relações com a verdade e a beleza, questões referentes ao processo
de criação do artista, ao motivo que faz com que as obras afetem outras pessoas,
enfim, são variadas as questões que a Estética pode acolher.
A educação
em Arte só pode propor um caminho: o da convivência com as obras de Arte. Aquelas
que estão assim rotuladas em museus e galerias, as que estão em praças
públicas, as que estão em bancas, em repartições do governo, nas casas de amigos
e conhecidos. Também aquelas anônimas, que encontramos as vezes numa vitrine,
numa feira nas mãos de um artesão. As que estão em alguns cinemas, teatros, na
televisão e na radio: as que estão nas ruas: certos edifícios, casas, jardins,
túmulos. Passamos por muitas delas, todos os dias, sem vê-las, por isso, é preciso
uma determinada intenção de procurá-las, de percebê-las.
Quanto
mais ampla for essa convivência com tipos de arte, os estilos, as épocas e os
artistas, melhor. É só através desse contato aberto e eclético que podemos afinar
a nossa sensibilidade para as nauseias e sutilezas de cada obra, sem querer impor-lhe
o nosso gosto e os nossos padrões subjetivos, que são mascados historicamente pela
época e pelo lugar em que vivemos, bem como pela classe social a que pertencemos.
1.5 HISTORIA
DA ARTE
As manifestações
artísticas tem sido bastante diversas no decorrer da historia. Isso se deve a
vários fatores que vão do político, social e econômico até os objetivos
artísticos de cada época ou cultura tem se colocado. Ao longo dos séculos,
surgiram várias correntes estéticas que marcaram a produção artística, sendo, por
isso, fundamentais para compreensão da historia da Arte.
2. NATUREZA DA OBRA DE ARTE.
.- O objeto
da arte é uma das preocupações de Cruz e Sousa (Um Brasileiro de Santa Catarina).
Segundo ele, a arte tem por objeto revelar o algo mais, que está oculto e
transcendente nas coisas, Aliás, este é o conceito simbolista da arte. Reencontrar-se-á
depois na filosofia da arte de um dos maiores expoentes do pensamento moderno,
Martin Heidegger
Platão interpreta a arte de modo
ambivalente. Por um lado ele condena a pintura e a escultura como artes
ilusórias, pois elas falsificam a imagem das verdadeiras formas da natureza; por
outro, elogia a música e a dança como exercícios de educação para a compreensão
do bem e da verdade. Para Platão, há um nexo fundamental entre o belo, o bem e
a verdade, sendo a experiência de um a condução para o conhecimento do outro. Todavia
não podemos caracterizar a constituição de uma estética no pensamento e nem na obra
de Platão, pois a questão da arte e do belo só é colocada numa referência ao bem
e a verdade, tendo como propósito não uma investigação do fenômeno artístico,
mas uma determinação do conhecimento filosófico. Para Platão a arete é entendida
como imitação da natureza e por sua vez e concebida como mimitação das ideias.
Aristóteles é o primeiro pensador a escrever
uma obra acerca da questão da arte. Do ponto de vista subjetivo define a beleza
como "um bem que agrada".A Poética tem como tema a origem da poesia
e de seus diferentes gêneros, principalmente a epopéia e a tragédia. Sua tese
fundamental, de que a arte imita a natureza, tornou-se um paradigma para
todo o pensamento estético ocidental. Platão e Aristóteles foram interpretados
por Tomás de Aquino em sua Suma Teológica, que afirma que o belo
é um dos aspectos fundamentais do ser, juntamente com o bem e a verdade; o que efetiva
a tripartição do estudo do ser em estética, ética e metafísica. Todavia, somente
no século XVIII, Baumgarten vai inaugurar oficialmente a disciplina filosófica
"estética", com a publicação de seu livro Estética ou teoria das
artes liberais, conceituando-a como "ciência do belo e da arte".
Os elementos fundamentais que contribuem para tornar algo belo, ou seja, aetístico,
são tres: a ordem, a simetria e a determinação.
Vico A arte como forma de expressão,
Giambattista Vico ioperou uma mudança decisiva para a historia da Arte. Para ele
a Arte não é mais concebida segundo a forma mimética, mas como um modo fundamental
e original do homem expressar-se, uma determinada fase de seu desenvolvimento.
Segundo
Vuico, esse desenvolvimento comporta três fases ou idades: do sentido, da
fantasia e da razão. A Arte é o modo característico de expressar-se na idade da
fantasia: nessa idade, o homem expressa o seu modo de entender a reaalidade nas
ciações da fantasia, nos poemas, nos mitos, etc.
Kant consolida esta tripartição da
investigação ontológica, o que cria a estética como uma área determinada do estudo
da filosofia, elaborando o seu sistema crítico através de três obras, de acordo
com os três domínios da questão do ser: a Crítica da Razão pura, que
trata da verdade, a Crítica da Razão prática, cuja questão é o bem, e a Crítica
da faculdade do juízo, que investiga a experiência estética do belo como
atitude contemplativa, desinteressada e não conceitual, das faculdades humanas.
Para o idealismo alemão de Schelling e Hegel, a arte
é instância em que o espírito, tornando-se consciente de seus próprios interesses,
desperta para a sua vontade de absoluto. A arte constitui a primeira etapa da
dialética que, juntamente com a religião e a filosofia, compõe os três momentos
da auto-superação do espírito em busca do absoluto. Friedrich Nietzsche pensa a
arte como estimulante vital, tônico contra o pessimismo da decadência platônico-cristã:
"Temos a arte para não perecermos da verdade". Em O nascimento da
tragédia, Nietzsche compreende a arte como uma composição de dois instintos
da natureza, o apolínio e o dionisíaco, sendo a tragédia uma arte
que nasce no equilíbrio da tensão harmônica entre estes dois instintos fundamentais.
Apesar de em Nietzsche não encontrarmos mais uma divisão de seu pensamento nas
três áreas da investigação filosófica.
Heidegger que rompe definitivamente com a
tripartição da questão ontológica, determinando a arte, em sua obra Origem da
obra de arte, como o "Pôr-se em obra da verdade" e, assim, conduzindo
o problema da arte para a questão da verdade, e não para a do belo, conforme os
tradicionais estudos da estética.
Freud foi um autor que esteve atento
para essa proximidade entre Psicologia e Estética. Escreveu artigos sobre
Leonardo da Vinci, Michelângelo e sua correspondência com o escritor Arthur
Schnitzler deixa evidente que para Freud a arte gravitava na mesma
órbita da disciplina que acabara de criar:
"Sempre
me deixo absorver profundamente por suas belas criações, parece-me encontrar, sob
a superfície poética, as mesmas suposições antecipadas, os interesses e conclusões
que reconheço como meus próprios. Seu determinismo e seu ceticismo – o que as pessoas
chamam de pessimismo – sua profunda apreensão das verdades do inconsciente e da
natureza biológica do homem, o modo como o senhor desmonta as convenções sociais
de nossa sociedade, a extensão em que seus pensamentos estão preocupados com a
polaridade do amor e da morte, tudo isso me toca com uma estranha sensação de
familiaridade".(Kon,
1995, p.128)
A atividade
artística é híbrida, uma mistura de racionalidade e imponderável. A racionalidade
está presente na forma de um manejo correto dos materiais. O imponderável seria
o elemento que não pode ser previsto pelo artista. É justamente esse imponderável
que distancia o fazer artístico de um procedimento técnico, já que nesse último
o produto final é idêntico ao que foi planejado no início.
Sendo o
imponderável um dos elementos da atividade criadora torna-se importante uma reflexão
sobre ele. Freud pensou sobre os efeitos do imponderável e os relacionou com o
recalque. Individualmente todos nós negamos determinadas situações. As idéias,
sentimentos e desejos negados continuam em nós na forma de elementos recalcados,
não desaparecem e originam o que Freud chamou de inconsciente. Dão testemunho de
sua existência nos sonhos, atos falhos, sintomas, sensação de vazio ou plenitude,
etc.Fica claro assim, que somos seres cindidos entre a consciência, que nos coloca
nos ‘trilhos sociais’e o inconsciente que muitas vezes nos tira o fôlego.
3. FUNÇÕES DA ARTE
3.1 FUNÇÕES
PRAGMATICAS OU UTILITARIA
Não e valorizada
por ser mesma, mas como meio de se alcançar um outra finalidade.
Ex. a arte
servil para ensinar os principais preceitos da religião católicas e para relatar
historias Bíblicas.
3.2 FUNÇÕES
NATURALISTA
Refere-se
aos interesses pelo conteúdo da obra, ou seja, pelo que a obra retrata.
Ex. na forma
de esculturas , pinturas e etc.
No final da
década de 1930, Picasso fez o seu quadro mais famoso, chamado Guernica (pintou
esta enorme tela em um mês - de maio a junho de 1937). Esta obra foi uma resposta
aos horrores da Guerra Civil Espanhola, guerra que começou em julho de 1936 com
um golpe militar liderado pelo General Francisco Franco. Guernica foi a expressão
máxima não só do sofrimento do povo espanhol como, também, do impacto das armas
modernas de guerra sobre suas vítimas em todas as partes do mundo.
3.3 -
FUNÇÕES FORMALISTA
Procupa-se
com a forma de apresentação da arte.
E a única
que se oculpa da arte com tal e por motivos não estranhos ao âmbito artísticos.
A era da
arte não tem início quando se começam a produzir obras de arte, ou pelo menos
aquilo a que hoje chamamos obras de arte, mas sim quando certos objectos começam
a ser pensados em termos estéticos. E também não acaba quando deixam de existir
obras de arte, mas sim quando a produção das mesmas deixa de ser coerente e
quando essa falta de coerência é consciente e assumida. Entre o princípio e o
fim da arte conta-se uma história, a história da arte que primeiro foi mimética
e depois foi moderna. Uma pintura de Jackson Pollock tornava visível tudo o que
Kant havia pensado acerca da beleza. Com ele o público pode ter uma intuição da
imaginação criativa à qual não pode ser dado qualquer conceito. A forma e só a
forma da pintura, o modo como a tinta se liberta em direcção à tela e esta a recebe,
pode provocar um prazer desinteressado, comunicável e universalmente necessário.
4. O FIM DA OBRA DE ARTE
Uma das teses
mais difíceis e enigmáticas acerca do fim da arte é a da afirmação da natureza
filosófica das obras da era pós-histórica. Diz-se que elas se tornam auto-conscientes.
Mas esta auto-consciência não poderá significar que a arte se torna objecto
para si mesma, tal como acontece com a pintura modernista (destinada a mostrar o
que é a pintura) porque esta é uma característica da arte modernista. Se
significa que a arte serve para fazer pensar acerca da própria arte e da sua natureza,
teremos de saber em que se distingue uma obra de arte de um texto filosófico.
A ideia de
um desenvolvimento tripartido que culmina num momento de auto-consciência é
claramente hegeliana. O Espírito reconhece-se nesse momento e percebe as suas
manifestações, a sua história, torna-se consciente de si mesmo quando entende
que todos os seus momentos são necessários e que a sua essência histórica chegou
agora a bom termo. O momento pós-histórico da arte é comparável à realização do
Espírito Absoluto. A arte sabe agora qual é a sua essência, compreende a sua
história e percebe que todos os "estádios de evolução" foram necessários.
Não há nada de problemático nos momentos anteriores da história da arte porque
também eles manifestam a essência da arte. Com o fim da arte chega também ao
fim qualquer revolução, porque as revoluções justificam-se enquanto meios para
atingir a plenitude que, neste momento, foi já atingida. Tal como Hegel se
julga o profeta do fim da história, Danto apresenta-se em After the End of
Art como aquele cuja clarividência permitiu anunciar o fim da arte, tornando
a arte consciente de si mesma.
O que é exactamente
a essência da arte, é algo difícil de perceber nas palavras de Danto. A Fonte
e Brillo Box não provam que não exista uma essência na arte, provam sim
que aqueles que até agora tentaram dizer o que ela é estavam errados. Para Danto,
a essência da arte é histórica e Hegel foi o único que a compreendeu. Segundo Hegel
a apreciação das obras de arte deve fazer-se atendendo a dois aspectos já aqui
mencionados: 1) O conteúdo da arte, 2) o meio da apresentação. Do modo como ambos
se relacionam resulta a própria obra. Se um dado conteúdo for apresentado de
duas maneiras teremos duas obras e não uma. Se um artista nos quiser dizer
alguma coisa acerca da contingência da existência humana, por exemplo, poderá
fazê-lo através do drama ou da comédia. Mas a escolha de um ou de outro condicionará
também a mensagem a transmitir. Podemos entender até que um conteúdo específico
requer o meio de apresentação adequado a ele, que as coisas que um artista quer
dizer só podem ser ditas de uma certa maneira, recorrendo a um certo meio de
apresentação. Só na conjugação dos dois existe propriamente a obra. Danto aceita
que estas duas condições não são conjuntamente suficientes para termos uma obra
de arte. A definição de arte só parcialmente deve ser feita a partir delas.
5. ARTE MORAL
Problema da
Arte e Moral foi resolvido de maneira diferente pelos filósofos segundo a finalidade
que trataram de atribuir a atividade estética.
Autores como
Platão e Aristóteles atribuíram à Arte uma finalidade essencialmente pedagógica
e outros autores, como Vico, lhe atribuíram uma finalidade metafísica.
Todos eles
submeteram de forma mais ou menos direta, mais ou menos explicita, a Arte à Moral
e, em conseqüência, condenam do ponto de vista estético as obras que julgaram moralmente
censurável.
O reconhecimento
da autonomia da Arte pela moral é uma conquista recente e atribui-se este mérito
aos idealistas, em particular e Benedetto Croce. Segundo Benedetto Croce, a Arte
é absolutamente autônoma: não esta sujeitarem a filosofia nem á moral, nem á
pratica. A Arte como Arte é Moral. Isto é aquém do bem e do mal.
A Arte
para ter caráter de Arte, para ser verdadeira Arte deve verdadeira expressão."
Expressão de que? Que quem que exprima o artista se não suas impressões? Os sentimentos
que experimenta?
Para fazer
Arte verdadeira, preciso expressar aquilo que há em si mesmo, de dentro dos seus
sentimentos, dentro de uma realização própria. Quem o exprime bem é o artista.
Mas o homem
e o artista são duas realidades diferente . para ser artista, basta expressar bem
os próprios sentimentos, enquanto o homem deve ser também moral, saibo e pratico,
embora não estando sujeito à moral como o artista, o artista esta sujeito à moral
como o homem.
Se a Arte
esta aquém da moral, não esta de um lado ou de outro, mas sim sob o domínio do
artista, enquanto o homem não escapar dos deveres morais e à própria Arte. A
Arte não é, e nunca será a moral. Deve ser encarada como um dom ou uma missão.
De
principal importância e a determinação contida na fase: A Arte esta alem da moral
... mas sob o domínio dela esta o artista enquanto homem." De fato o homem,
apesar de multiplicidade de suas atividades, constitui uma unidade essencial. Ora,
a unidade è possível somente se as numerosas atividades são ordenadas para um
fim ultimo. Mas dado que o fim ultimo do homem é a plena realização de si mesmo
aqui esta seu bem supremo, a sua felicidade; e porque cabe à moral reconhecer
tal fim e estudar meios de atingi-lo, deriva-se uma certa subordinação da Arte
a moral. Esta relação é semelhante á existência entre moral e política: é uma relação
de subordinação indireta. Também a Arte, como a política, deve contribuir à obtenção
do fim ultimo do homem. Este porem, é o objetivo primeiro e principal da moral.
6. CRITICA
Como definição
da Arte podemos afirmar que todo sentimento é real, ou seja, atraves do sentimento
podemos expressar de forma concreta e objetiva de uma obra de Arte, tanto o
indivíduo como a sociedade percorrem o caminho em direção á cultura e realizem
seu encontro com a eternidade.
Na verdade,
o homem sempre se revoltará contra as limitações da sua natureza, sempre lutara
pela imortalidade. O homem sempre necessitará da Arte para se familiarizar com
a sua própria vida e com aquela parte que a sua imaginação lhe diz ainda não tem
sido devassada sendo mortal e, por conseguinte, imperfeito, o homem sempre se vera
como parte de uma realidade. Assim como a linguagem representa em cada indivíduo
a acumulação de milênios de experiências coletivas, assim como a ciência equipa
cada indivíduo com o conhecimento adquirido pelo conjunto da humanidade, da mesma
forma a função permanente da arte e recriar para a experiência de cada indivíduo
a plenitude daquilo que ele não é, a experiência da humanidade em geral. O homem.
Que se tornou homem pelo trabalho, que superou os limites da animalidade transformando
o natural em artificial, será sempre o mágico, o criador da realidade social, será
sempre o magico supremo, ser sempre prometeu trazendo o fogo do céu para a terra,
será sempre orfeu enfeitiçando a natureza com sua música. Enquanto a própria
humanidade não morrer a arte não morrerá.
BIBLIOGRAFIA
Galerias
de arte na WWW: Greek
Mithology Link, Survivors of the Ancient World, Web Gallery of
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